quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Andadores

Uma escolha perigosa

AndadoresMuitos pais pensam que os andadores vão ajudar os filhos a aprender a andar, mas não. Na verdade, os andadores podem atrasar o desenvolvimento da criança.

Perigos

acidentes em escadas: esta é a forma como a maioria das crianças se machuca em andadores, com fraturas e traumatismos cranianos
queimaduras: a criança pode alcançar lugares mais altos com o andador, ficando mais fácil puxar uma toalha de uma mesa e derramar bebidas quentes, mexer em panelas no fogão e se "divertir" com lareiras ou aquecedores
afogamento: seu filho pode cair em uma piscina ou banheira enquanto brinca em um andador
envenenamentos e intoxicações: fica mais fácil alcançar o armário dos remédios ou o local onde ficam armazenados produtos tóxicos

Ah, mas eu vou ficar olhando

A maioria dos acidentes com andadores acontecem quando os adultos estão assistindo. Os pais ou responsáveis podem não conseguir acudir a criança com rapidez suficiente. Uma criança em um andador podem movimentar-se numa velocidade espantosa. É por isso que nunca são seguros, mesmo com um adulto por perto.

O que você pode fazer

• jogue fora os andadores; além disso, certifique-se que não há andadores em locais que seu filho frequenta, como creches escolinhas ou casa de parentes e amigos
• tente outras atividades agradáveis e mais seguras como centros de atividades, que não têm rodas, e cercadinhos, por exemplo

Normas de segurança

Normas de segurança para os andadores vigoram desde 1997. Eles agora são feitos mais amplos, de modo que não possam passar pelas portas, ou com freios. Contudo, estas melhorias não previnem todos os acidentes. Eles ainda têm rodas, que fazem as crianças moverem-se rapidamente, e permitem que elas alcancem objetos no alto.
Fonte: Baby Walkers: What You Need to Know / Healthy Children / American Academy of Pediatrics
Via Pediatria Brasil

Lei da Palmada é aprovada por unanimidade em comissão da Câmara

CAROLINA SARRES
DE BRASÍLIA

A Lei da Palmada foi aprovada por unanimidade na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, com o objetivo de reforçar o controle da Justiça sobre casos de violência contra crianças e adolescentes.

A legislação que vigora atualmente, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), menciona "maus-tratos", mas não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais ou responsáveis.
A partir da aprovação, os parlamentares da Casa terão um prazo para se manifestem sobre a necessidade de votação em plenário. Caso a votação pela comissão seja considerada conclusiva, o projeto irá diretamente para o Senado.

O texto do projeto de lei 7.672/2010 foi modificado ontem (13) pela relatora Teresa Surita (PMDB-RR) -- o termo "castigo físico" foi substituído por "agressão física" --, o que não agradou os representantes dos direitos da criança e do adolescente e causou polêmica, adiando a apreciação para hoje.

Após mais um dia de debate, firmou-se consenso em torno da expressão "castigo corporal".
Houve um destaque no texto para que a palavra "sofrimento" fosse suprimida da definição de castigo físico (ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em sofrimento ou lesão), mas a sugestão foi negada pela maioria dos deputados.

A Folha apurou que a solução textual de Surita agradou os segmentos envolvidos no debate, que se sentiram contemplados pelo projeto de lei.
As mudanças no texto da relatora teriam sido feitas após reunião da deputada com líderes da bancada evangélica na Casa --desfavoráveis ao uso do termo "castigo", argumentando que o projeto levaria a ingerência demasiada no âmbito das famílias.

Teresa Surita negou que tenha havido discordância entre membros da comissão e da bancada evangélica. Segundo ela, eles "só estavam querendo conhecer o projeto" e contribuíram para aperfeiçoar o texto final.

De acordo com o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), representante dos evangélicos, em nenhum momento a bancada teve o intuito de vetar o projeto.

"Agradeço a relatora por ter melhorado o texto. Agora ficou bonito", disse Feliciano.
Sobre uma possível ingerência da Secretaria de Direitos Humanos na troca dos termos do projeto, que não teria gostado da supressão da palavra "castigo", Teresa Surita afirmou que foram aceitas sugestões de diversas instâncias, como na elaboração de qualquer projeto de lei.

Via Folha.com