quarta-feira, 9 de maio de 2012

Febre, o que fazer?

Febre é sempre um assunto que deixa qualquer mãe aflita, nosso instinto quer logo dar um antitérmico para que nosso filhote fique bem.
Soube que não é o melhor a se fazer pois a febre indica que algo está acontecendo no corpo e o aumento da temperatura protege o corpo.
Veja esta matéria para a Abril Bebê.com, a qual eu dei meu depoimento.
Serve como uma boa orientação.
Por Camila Goytacaz

A hora da febre

Mais importante do que erradicar a febre é prestar atenção ao aparecimento de outros sintomas e ao estado da criança


O que é a febreBasta ver bochechas mais vermelhas no bebê que o coração de mãe se aflige. Mas, o que é a febre? É a elevação da temperatura que acontece como um processo natural de defesa do organismo no combate às infecções. A febre em si não é doença, e sim sintoma de algo que está tentando chegar. Por isso, mais importante do que erradicá-la é prestar atenção ao aparecimento de outros sintomas. Às vezes, o corpo "vence" a batalha e as doenças nem aparecem. Outras vezes, logo chegam dor de garganta, dor de ouvido, infecções virais ou urinárias ou mesmo gripes e resfriados.

Déborah Gérbera, fotógrafa, 37 anos, confessa que passou três dias aflita quando Cauê, com 4 meses, teve a primeira febre e só se acalmou quando confirmou que tratava-se apenas de uma gripe. "Com o tempo, a gente compreende mais a função da febre e conseguimos manter a observação e cuidados sem ficar tão preocupada", conclui.


O que fazer na hora da febre
A primeira providência é medir. A temperatura normal é de até 36,5 graus. Até um ano de idade a temperatura corporal é mais alta nos bebês do que nos adultos. Recomenda-se que a o tema seja tratado entre mãe e pediatra nas primeiras consultas. É melhor ter a conversa preventiva, para não se desesperar quando a febre chegar em pleno feriado ou após o horário do consultório, o que é comum.


Como tratar
Apesar de a medição ser importante, o que difere a febre sem gravidade da preocupante é o estado físico da criança: se estiver brincando, disposto, corado, se alimentando, fique tranquila, não é necessário correr. Caso o bebê fique prostrado, sem interesse em mamar ou comer, abatido e choroso, significa que está desconfortável e o antitérmico vai ajudá-lo mais rapidamente a se recuperar. 1

Cada mãe, em sua experiência e de acordo com orientação do pediatra, parece descobrir seu limiar de controle da situação. Sibelle de Freitas, 33 anos, assessora de imprensa, mãe de Felipe, 5 anos, e Nicholas, 2 anos, conta que depois de alguns episódios, aprendeu a lidar com a febre nos meninos: "hoje ela não me assusta se subir até 38,5 graus. Procuro vesti-los com roupas frescas e deixar as janelas abertas para arejar a casa".

Um bom método é sempre o banho morno e rápido. Atenção: não é frio e nem gelado. Compressas frias com toalhinha na testa são a alternativa. Na hora de ministrar o medicamento indicado pelo pediatra, siga rigorosamente as instruções. Reforce a ingestão de líquidos, evitando o desidrate pela transpiração 2. O ideal é que a temperatura vá baixando aos poucos, então, tenha paciência. E jamais medique sem consultar o pediatra.


1 REVISTA SAÚDE. Febre infantil não é doença. Disponível em: http://saude.abril.com.br/edicoes/0336/familia/febre-infantil-nao-doenca-625299.shtml?pag=2. Acesso em: 12 jan. 2012.

2 REVISTA SAÚDE. Febre infantil não é doença. Disponível em: http://saude.abril.com.br/edicoes/0336/familia/febre-infantil-nao-doenca-625299.shtml?pag=4. Acesso em: 12 jan. 2012.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Palmada não educa, conclui análise de 20 anos de pesquisas

Foi preciso 20 anos de pesquisa para provar que violência a criança não é bom, loucura não é?
Criança tira a gente do sério mesmo, quem é mãe, pai, professores sabem bem, mas  bom senso, equilíbrio, discernimento, ponderamento e sabedoria deveriam fazer parte da vida de um adulto.
Fui vítima de agressões físicas até ter tamanho para enfrentar meus pais, não foi fácil e certamente não me trouxe nada de bom, educativo ou disciplinador, ao contrário gerava revolta, depressão, angústia e opressão.
Como mãe pude observar mais sobre este instinto violênto, percebi que ao querer bater na criança pouco relaciona-se com o comportamento da criança e sim com o dos pais, uma frustração por exemplo que no momento em que a criança não faz o que os pais desejam abre-se uma "oportunidade" para descarregar o sentimento através da violência à criança, sentimento este que na verdade queria direcionar para o conjuge, chefe ou qualquer outra pessoa ou sitação que provocou o tal sentimento.
Mas enfim, esta seria uma outra discussão, confira o texto que é muito bacana

RICARDO BONALUME NETODE SÃO PAULO Via Folha.com


Atire a primeira pedra o pai ou a mãe que nunca pensou em jogar uma no seu filhote. Mas é melhor não. Vinte anos de pesquisas mostram: castigo físico não dá bons resultados.
Estudos em várias partes do planeta demonstram uma associação clara entre essa forma de punição e problemas como depressão, ansiedade e vícios, que podem começar na infância e se estender para a vida adulta.
Pesquisar o castigo corporal é um desafio. Em ciência, a metodologia mais usada é o estudo controlado aleatório: dois grupos recebem um ou outro remédio, por exemplo. Mas como fazer isso com palmadas? Um grupo de crianças apanha e outro não?
Por isso, são mais comuns os estudos "prospectivos": são estudadas crianças com níveis de agressão ou comportamento antissocial equivalentes no começo e analisada a progressão do comportamento. Ou "retrospectivos", baseados na memória.
Dois pesquisadores no Canadá --a psicóloga Joan Durrant, da Universidade de Manitoba, e o assistente social Ron Ensom, do Hospital Infantil de Eastern Ontario-- analisaram 20 anos dessas pesquisas, incluindo uma metanálise com mais de 36 mil participantes.
A conclusão de Durrant e Enson: "Nenhum estudo mostrou que a punição física tem efeito positivo, e a maior parte dos estudos encontrou efeitos negativos".
Mas será que isso vale para todo o planeta ou só para as sociedades mais tolerantes do Ocidente? Haveria o mesmo efeito em sociedades acostumadas a níveis altos de agressão no cotidiano, como a violência urbana do Brasil?
"Há uma suposição de que quanto mais comum é uma experiência, menor é o impacto nos membros do grupo que a experimentam. A pesquisa sugere uma resposta a essa questão. Crianças brancas, negras e hispânicas nos EUA, apesar de diferenças na prevalência do uso de castigo corporal, compartilham os mesmos riscos do seu uso", disse Ensom à Folha.

QUEM APANHA MAIS
Os melhores estudos sobre a "prevalência da palmada" foram feitos nos EUA. Conhecendo os adolescentes, poderia se esperar que eles seriam os alvos mais naturais.
Mas são as crianças menores que mais sofrem castigo. "Nos EUA, quase todas as crianças da pré-escola levaram palmada. Provavelmente porque são ativas e inquisitivas e têm compreensão limitada de perigo ou das necessidades dos outros", diz Ensom.
Certo, qual a opção, então, ao tapinha "corretivo"? Os pesquisadores falam em "disciplina positiva". A autoridade dos pais continua existindo, mas sem violência.
"A disciplina positiva ensina pacientemente em vez de punir arbitrariamente. Se você espera que uma criança arrume seus brinquedos e ela foi lembrada de fazê-lo, mas mantém a TV ligada em vez disso, é razoável que os pais digam: 'Sem TV até você arrumar seu quarto'", exemplifica o pesquisador.
Bater em uma criança só a ensina a usar agressão, segundo outro pesquisador do tema, George Holden, da Universidade Metodista do Sul, de Dallas, Texas, sul dos EUA.
"Existe um debate sobre o fato de crianças serem menos afetadas pelo castigo se essa for uma prática aceita na sociedade em que ela está. Estudos descobriram que a frequência cultural do castigo é um 'moderador' dos efeitos", disse Holden à Folha.
Segundo Holden, que no ano passado coordenou uma conferência para promover o fim do castigo corporal, as palmadas são mais frequentes de dois a cinco anos.
"Alguns pais batem em crianças mais velhas, talvez 10%, e alguns continuam a usar o castigo corporal em adolescentes", diz ele.
O brasileiro apanhou muito quando era criança ou adolescente, mas os americanos apanharam mais.
Pesquisa de 2010 com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do país revelou que 70,5% sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Já nos EUA, a porcentagem passa dos 90% --e fica em torno dos 10% na Suécia, segundo o cientista social Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP.
"É difícil fazer pesquisa com criança", diz Alves. Ainda mais porque os pais estão junto e eles podem estar castigando os filhos.
O tema afeta a delicada área dos direitos individuais e da intromissão do Estado na vida privada. Como demonstraram os debates no ano passado sobre a Lei da Palmada --projeto de lei para proibir castigos físicos em crianças e adolescentes, em tramitação no Congresso.
Há pais que defendem o direito de disciplinarem suas crias da maneira que bem entenderem. Mas defensores dos direitos humanos sustentam que eles "começam em casa". E, claro, há o fato de o Brasil ser signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
Mas Alves diz que há pouca chance de a Lei da Palmada vingar. Ele nota a ironia: um adulto bater em outro é crime, mas um adulto bater na sua criança não é.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo acaba de lançar o Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência. Na publicação, que será distribuída a profissionais, a entidade afirma que a violência doméstica começa com a palmada.
CHINELO E PAU
Dos brasileiros que afirmaram ter apanhado, a maioria --42%-- afirmou ter apanhado pouco; só 11,4% levavam tapa "quase todos os dias". O mais comum era levar palmada (40,1%), apanhar de chinelo (54,4%) ou de cinto (47,3%); só uma minoria corria riscos maiores ao apanhar de pau ou objetos semelhantes (12,2%). Claro, os percentuais passam de 100% porque os pais variavam a forma de castigar os rebentos...
Editoria de Arte/Folhapress

terça-feira, 3 de abril de 2012

Bebês amamentados sob livre demanda são mais inteligentes, diz pesquisa

Estudo mostra que é melhor amamentar seu filho quando ele pedir do que seguir horários pré-estabelecidos. Veja mais

Por Bruna Menegueço

O que você faz quando seu filho chora? Se a sua resposta for amamentar significa que seu filho tem grandes chances de ser um excelente aluno. É isso mesmo! Um novo estudo do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Universidade de Essex, na Inglaterra, mostrou que os bebês alimentados sob livre demanda, ou seja, sempre quem têm vontade, se saíram melhor em provas escolares, incluindo testes de QI.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores avaliaram 10.419 crianças nascidas em 1990. Eles compararam o desempenho escolar dessas crianças e perceberam que aqueles bebês cujos choros foram recompensados com leite ou fórmula apresentavam um QI com até 5 pontos a mais do que os bebês que tinham horários para mamar.

Segundo a pediatra Teresa Uras, membro do Núcleo de Aleitamento Materno do Hospital Samaritano, o bebê deve mamar quando e quanto quiser. Dessa forma, ele sofre menos, fica menos estressado e dorme melhor. Além disso, aprende a lidar com a saciedade, o que reduz o risco de obesidade no futuro. “Para a mãe, a mamada livre também traz benefícios. Previne a dor e o endurecimento da mama causada pelo leite congestionado. Quando a criança vai ao peito com muita fome e vontade, é comum que ela machuque o seio da mãe”, completa a especialista.

É preciso cuidar, no entanto, para que a mãe não fique exausta. Ela vai precisar de ajuda para poder estar disponível para o bebê que, aos poucos, vai criar o seu próprio ritmo de amamentação. Os pais também passam a reconhecer com facilidade o choro de fome. Ou seja, acalme-se porque vai dar tudo certo!


Via Revista Crescer On Line

quinta-feira, 29 de março de 2012

Os perigos de deixar um bebê chorando

colo do titio
Como é comum e até recomendado deixar o bebê chorando, dia ou noite, mais ainda a noite né?
O argumento é simples: não acostumar o bebê no colo, mimar o bebê, acostumar mal.
Eu penso assim, o bebê começa a ter memória a partir do 6º mês de gestação, ele já se conheceu dentro do útero da mãe, quentinho, escurinho, acolhedor, justinho, silêncioso e aquoso.
Ele sente a mãe, sua voz, seu carinho, seus sentimentos, alegrias e preocupações, o bebê sente que ele e a mãe são uma pessoa só.
Então ele passa pelo intenso trabalho de parto pra nascer, chega a um ambiente estranho, frio (sim porque dentro da mãe estava a 36 e até 37º) claro, seco, sendo manipulado de um lado ao outro, um tecido passa por todo seu corpo, alías, bracinhos e perninhas cada um para um lado, oposto da posição de segurança e conforto que estava até então: encolhidinho.
Sondas são enfiadas em todas as suas vias, um colírio fortíssimo é colocado em seus olhos, tudo rápido numa sala cheia de barulho, até que é enrolado em um tecido e uma touca é colocada em sua cabeça.
Nesse momento a mãe, então, finalmente pode segurar o bebê pela primeira vez ou simplesmente passa pelo olhar da mãe paralisada pela anestesia para a cesária e vai para o berçário.
colo da mamãe no sling, a forma mais gostosa de colo!
Lá fica sózinho em meio a outros bebês e pessoas estranhas, dizem que em alguns lugares o bebê fica com a mãe o tempo todo, melhor né?
Mais alguém também acha bem traumático, até agressivo?
O que o bebê mais quer e precisa com todo esse processo?
Será que acertou quem disse o colo? Colo da mãe? do pai?
Se o bebê chora porque quer o colo, o que que ele está precisando?
Não seria o acolhimento, a proteção, o cheiro, a voz, o carinho, os sentimentos, a unicidade com a mãe?
Eu pessoalmente tenho plena certeza disso.
Considerando que seja assim, que mensagem é passada ao bebê quando seu choro não é atendido?
Medo, abandono, insegurança e sabe lá mais o quê?
Eu sinto e entendo assim.
Com o colo, o atendimento as necessidades do bebê, penso que ele se desenvolva com confiança, o que vai refletir em toda a sua vida, influenciar o modo como ele lidará com tudo na vida.
Ao contrário do que se pensa, acredito que este bebê se torne mais independente ao ser atendido prontamente em suas necessidades.
Meu filho com pouco menos de 4 anos quer fazer tudo sozinho, faz muito bem, relaciona-se muito bem com todos e quer se afastar de mim, de uma forma muito boa, é claro, quer experimentar, vivenciar sem a proteção da mãe, quer testar sua segurança sem a mãe, pois a mãe é a guarda, proteção, acolhimento, e se ele sente-se seguro e confiante a seguir sem essa redoma é porque amadureceu, evoluiu, cresceu.
colo do papai
E eu acho isso muito bom.
Acho dificil, não sei muito bem como o fazer porém quero educar meu filho para a liberdade: mental, espiritual, de conceitos fechados.
Quero educá-lo para a alegria, bem estar, para a verdade.
E para isso, oferecer a ele atenção as suas necessidades de cada fase de sua vida e na primeira fase o colo é fundamental.
Hoje eu quero pegá-lo no colo, cheirar, beijar, ficar grudadinha e ele não quer, não tem nem 4 anos ainda, imagina se eu não tivesse curtido muito o colo até então?

Leia o Artigo competentemente escrito sobre o assunto, este confirma muitas de minhas colocações, muito bacana, vale a pena conferir:
Os perigos de deixar um bebê chorando, de Darcia Narvaez, PhD, retirado de Psychology Today. Tradução livre de Bianca Balassiano.

Originalmente publicado por Bianca Balassiano em seu SITE.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Seio da Amamentação, seio do carnaval


Essa foi uma discussão forte que tivemos a pouco tempo.
Mulheres sendo proibidas de amamentar em público.
Facebook censurando fotos de amamentação.
Rafinha Bastos e Marcelo Taz avacalhando o ato de amamentar em público.
Homens e mulheres falando em moralidade, falta de respeito ao amamentar em público.
Houve até um "protesto" no Itaú Cultural depois de uma mãe ter sido impedida de amentar seu bebê na exposição, várias mulheres reuniram-se no Itaú Cultural para amamentar seu filho, todas as mídias mostraram o evento.
Uma discussão hipócrita ja que nos dias atuais mulher pelada é uma bobagem, está em qualquer revista, qualquer publicidade, qualquer programa de televisão e em qualquer horário mas parte do seio a vista para amamentar não pode (?!?!)
Muito bem, eis que chega o carnavale que cenas nos deparamos o tempo todo?
Mulher pelada e aí tudo bem, é bonito e tudo mais.
Recolhi no Facebook algumas fotos divulgadas por mães que assim como eu ficam indignadas com tal polêmica, a seguir:



Esta última, a mãe amamentando é Kalu Brum que teve sua foto de perfil amamentando censurada pelo Facebook