quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Intervenções no Recém-nascido

Muito bom esse texto da Rosana Oshiro, as intervenções no bebê em um hospital foi um dos principais motivos por eu ter optado por um parto domiciliar.
O vídeo ao fim do texto é muito chocante, fiquei horrorizada o dia todo e com muito pesar pela mãe e bebê.
Espero que seja útil para todas.
Déborah Gérbera


Já falei aqui sobre as intervenções que a maioria das mulheres sofre no parto sem real necessidade e hoje vou falar das intervenções totalmente desnecessárias pelas quais passam os bebês recém-nascidos.

É um dos principais motivos pelo qual eu não quero ter parto no hospital, porque para fugir do protocolo de intervenções do RN, muitas vezes é mais complicado do que fugir das intervenções do parto em si.

Quando a mulher tem um parto tranquilo, é bem informada e amparada pela equipe médica e tem boa saúde, as chances do bebê precisar de alguma intervenção são quase zero, mas mesmo assim, todos os bebês passam pelas intervenções só porque são rotina do hospital e pronto (e claro porque o hospital ganha com isso...)

Vamos a lista (de horrores!!!):
Manobra de Kristeller -  É aquela manobra em que um enfermeiro ou anestesista (geralmente é o maior da equipe) sobe em cima da mãe e empurra o bebê por cima da barriga dela. Já está 
proibido em alguns países. Essa manobra é usado por falta de preparo e paciência dos profissionais que atendem partos e pode causar morte materna ou fetal porque é uma violencia contra ambos.

Forceps ou Vácuo Extrator - Embora possam ser instrumentos que ajudam a retirada do bebê quando a mãe não consegue forças para expulsá-lo e este está em sofrimento fetal ou quando está a muitas horas no expulsivo com bebê alto e com riscos é usado indiscriminadamente sem medir se há real necessidade.
Só para se ter uma idéia, uma equipe humanizada que conheço no Brasil, utiliza vácuo/forceps em menos de 1% dos casos atendidos. É para se pensar né?

Sonda (sucção dos liquidos internos) -  um tubo de plastico enorme que vão enfiando, enfiando, até o estômago do bebê. Eu fiquei imaginando fazerem isso em mim e depois tirar... Chega me dar aflição só de pensar! Imagina passar por isso na hora em que você chegou
no mundo. Que recepção né?

Colírio de Nitrato de Prata - Um colírio que arde a beça. Uma amiga pediatra do Brasil, depois que pingou no próprio olho, nunca mais pingou em bebê nenhum. A vista fica embaçada, ardida, o bebê não vê os pais e frequentemente gera uma conjuntivite química no terceiro dia. E só, absolutamente, só serve para mãe com gonorréia, coisa que quem tem sabe porque é sintomática.

Vitamina K - A vitamina K via injeção na coxa é feita no berçário, mas pode tomada via oral que funciona do mesmo jeito.

Exame do Pezinho - É feito 48 horas depois do nascimento do bebê, e embora seja feito para detecção de problemas genéticos e seja mesmo necessário, não é necessário fazer o bebê chorar para tal procedimento. Pode ser feito no colo da mãe, com o bebê mamando no peito. Bem menos sofrido, na minha opinião.

Banho de luz - É indicado quando o bebê nasce com ictericia num grau muito alto. Uma ictericia 
leve pode ser resolvida com banho de sol pela manhã e com o próprio aleitamento materno, não sendo necessário a separação da mãe e do bebê para tal procedimento. Mesmo que seja necessário, pode ser feito com o bebê no colo da mãe.

Separação e introdução de formulas - Em muitos hospitais do Japão estão fazendo a separação do bebê da mãe depois do parto, com a desculpa de que ela precisa descansar, mas se a mãe não quiser essa separação ela pode exigir que o bebê fique consigo, assim como pode exigir não que não seja dada nenhuma formula para seu filho(a) se você desejar amamentá-lo no seio.
A amamentação na primeira hora de vida é muito importante é traz beneficios para a vida toda. Vale se informar sobre o assunto.

O video abaixo é uma cena de horror, eu só consegui assistir uma vez e mesmo assim chorei a beça, não acredito que as pessoas achem normal um ser humano ser recebido dessa forma no mundo. 
(sinto muito também pelo que a mulher passou porque com certeza foi muito traumatizante para ela) mas serve bem para ilustrar o que uma mulher passa num parto quando não se informa e não busca as melhores condições para seu parto (e não porque esse parto foi no SUS do Brasil não vi

u? aqui no Japão já li vários relatos de tratamentos como esse, infelizmente).

 

Via Blog Materna Japão por Rosana Oshiro

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